Desenvolvimento e trabalho digno

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O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), cujo objetivo é a criação de mecanismos para promover melhorias nas regiões de fronteira e seus potenciais de desenvolvimento, há tempos divulga amplamente os benefícios trazidos pelo setor vitivinícola e o enoturismo para toda a cadeia do vinho nacional: geração de empregos, recolhimento de impostos, oportunidades de valorização do país, reconhecimento, vida digna e desenvolvimento socioeconômico.

Neste momento, o IDESF se solidariza, em primeiro lugar, com os trabalhadores baianos que foram vítimas de trabalho em condições análogas à escravidão e também a organizações como a União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA), a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS) e tantas outras que, com imensa indignação, receberam tais notícias divulgadas nesta semana.

Além disso, o IDESF reforça a união de todos os representantes do setor, bem como as vinícolas, universidades, pesquisadores, famílias e entusiastas de tal segmento, que há muitos anos vem trabalhando para fortalecer a produção de vinho, para que haja maior fiscalização dos contratos realizados com empresas terceirizadas e sejam reforçadas práticas de compliance em toda a cadeia de suprimentos do vinho.

Por outro lado, que as mais de 20 mil famílias que trabalham de forma idônea na atividade vitivinícola, em detrimento de 3 vinícolas cuja atuação envolveu condições de trabalho desumanas, olhem para este fato com reflexão e comprometimento, mas que, com o mesmo foco e fé dos imigrantes que estimularam a produção de vinho no Rio Grande do Sul, sigam com o olhar para o futuro.

Que haja a apuração e penalização dos responsáveis e que os trabalhadores que foram vítimas consigam recuperar-se desta dolorosa experiência e que tenham vidas dignas, princípio de toda existência.

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