Estamos há algum tempo vivendo sob transição energética, quando passou-se a pensar nas novas formas de produção, distribuição e consumo no Brasil e no mundo. Essa transição vem muito da necessidade em utilizar recursos que sejam menos poluentes e que contribuam com a redução na emissão de gases do efeito estufa. Com tudo isso, neste episódio do “Debates para o Brasil do futuro” o entrevistado é Marcelo Alves de Sousa, que tem ampla experiência em energias e inovação e é Presidente da Rizzo Energias.
Marcelo explicou como está a transição energética e a demanda de energia no país, além de comentar sobre os estados que têm se destacado na temática, como o Nordeste, com a produção solar e eólica e também o Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com a produção de biogás. “O Brasil tem sol, vento e biomassa como poucos países do mundo. Precisamos refletir mais sobre a nossa capacidade de oferecer energia de forma descentralizada. Gosto de falar em diversificar a geração e a oferta de energia e fortalecer as redes de transmissão e de distribuição – que muitas vezes são antigas, principalmente as rurais. É essa diversificação que poderá dar maior segurança energética ao sistema”.
Sobre as tendências mundiais, ele comenta: “Biogás, solar e eólica estão no topo das tendências. A biomassa, por exemplo, está disponível em todo o território: animais confinados, resíduos da agricultura, aterros sanitários, resíduos sólidos urbanos, etc. O hidrogênio também é uma tendência, além da energia hidrocinética e maremotriz. Mas, ainda precisamos desenvolver mais tecnologias para que este tipo de produção seja viável”.
Marcelo também falou sobre o “Plano Nacional de Energia – 2050”, que tem como objetivo planejar em longo prazo o setor energético do país, de forma a orientar tendências e alternativas de expansão do segmento para as próximas décadas. “O PNE 2050 analisa questões transversais que incluem pontos de conexão em relação a consumo e produção de energia: o comportamento do consumidor, a descarbonização, a integração energética sul-americana, a pesquisa e desenvolvimento em energias, além das fontes energéticas que serão utilizadas até 2050”.
A entrevista está disponível no canal do Youtube e no Spotify do IDESF. Para assistir, é só clicar na imagem abaixo.