Operação de erradicação de plantações de maconha no Paraguai encerra mais uma fase

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Terminou nesta semana mais uma fase da Operação Nova Aliança, ação conjunta que visa erradicar plantações de maconha em território paraguaio. A Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) estão à frente da ação.

Nesta 32ª fase, o resultado foi a destruição de 834 toneladas da droga, além da inutilização de diversos insumos utilizados em sua produção. Outros números que merecem destaque são: 257 hectares de cultivo erradicados e 103 acampamentos de traficantes destruídos. Cabe ressaltar que 100 pessoas estiveram envolvidas diariamente, entre Policiais Federais e Forças Especiais da SENAD/Paraguai.

Ainda estão previstas mais ações como essa em 2022. A cooperação internacional com a Polícia Federal brasileira faz parte da estratégia do Paraguai no combate ao crime organizado para erradicar a produção de plantios de maconha. O intuito é atacar o plantio da droga antes que ela chegue ao mercado brasileiro. Isso porque cerca de 90% das drogas plantadas no Paraguai são destinadas ao Brasil.

Luciano Stremel Barros, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), destacou que essas operações realizadas junto ao Paraguai são exemplos mundiais de cooperação e integração entre países. “É importante seguir com o aprimoramento destes mecanismos de cooperação e reforçar processos de integração, o que requer homogeneização das infraestruturas e das agências. Assim, os procedimentos, desde a investigação conjunta, operações policiais e sistema prisional dos países ficarão mais estruturados”.

Helicópteros da Polícia Federal também auxiliam nos trabalhos de identificação das áreas de plantio.
Foto: Polícia Federal

Além dos policiais, peritos também passaram a fazer parte das operações para fazer análises das plantações destruídas com o intuito de verificar a estimativa de produção e as principais espécies utilizadas pelos criminosos.

Neste ano, já foram erradicadas mais de 1.600 toneladas de Cannabis no Paraguai. Foto: Polícia Federal

O IDESF já publicou

Em janeiro deste ano, o IDESF publicou uma matéria e um podcast sobre estas operações. O entrevistado foi o Delegado de Polícia Federal, Marcos Paulo Pimentel, que falou sobre os aspectos de cooperação internacional ligados ao enfrentamento do tráfico de drogas e as operações de erradicação das plantações de maconha como estratégia para a redução da oferta da droga no Brasil. Ele ainda explicou que ao longo do tempo tem ocorrido um aprimoramento nas técnicas de cultivo da maconha, em termos de produtividade e menor tempo e o ciclo médio, entre plantio e colheita, dura cerca de 3 a 4 meses.
De acordo com estudos realizados pela área técnica da Polícia Federal, cada pé de Cannabis sativa da região produz, em média, 300 gramas de maconha (BRASIL, 2008). O beneficiamento da planta acontece nos acampamentos, ainda no campo. “Primeiro, porque para o traficante ficará mais fácil e terá menor custo o transporte da droga já compactada. Também é mais fácil de esconder e há menos risco de perda. Ela já sai dali pronta, embalada, até porque grande parte dessa maconha é atravessada pelo rio e lagos”, explicou Marcos, que também publicou um artigo sobre o tema.

Para ouvir o podcast produzido pelo IDESF com a entrevista do Delegado, clique aqui.

*Com informações da Polícia Federal.

Foto da capa: Polícia Federal

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