Ao longo de 3 anos, o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) desenvolverão conjuntamente um projeto de pesquisa ligado ao tema “A política comum de segurança e defesa da União Europeia: visando um modelo de governança para as atividades militares brasileiras”. A iniciativa baseia-se na perspectiva de atuação externa das forças armadas brasileiras, tendo como visão as relações internacionais.
De acordo com Tomaz Espósito Neto, Professor da UFGD, as pesquisas têm como cerne “elaborar uma estrutura panorâmica dos principais desafios à atuação global em matéria de defesa, ao mesmo tempo que proporciona um quadro de governança sobre a atuação das forças armadas em resposta às fontes de insegurança internacional atuais”.
O objetivo do projeto é compreender a possibilidade de um modelo de governança estrutural internacional face às novas tipologias de conflitualidade e guerra do século XXI. No termo, também estão descritos os objetivos específicos, que são a “análise comparativa entre a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (FRONTEX) e o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON); a “análise comparativa entre a Política de Vizinhança Europeia (PVE) e o Entorno Estratégico (EE)” e “missões de defesa e segurança externas: análise comparativa entre as missões da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD) e o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB)”.
Luciano Stremel Barros, Presidente do IDESF, comentou sobre a importância de promover o intercâmbio técnico e científico sobre temas ligados às fronteiras e destacou a parceria já existente com a UFGD, como as publicações “(RE) Definições das fronteiras: trajetórias da crise global”, “União Europeia: visões do Sul” e “Itaipu e as relações brasileiro-paraguaias”. Segundo Luciano, “com este termo de cooperação, reuniremos atores que estão diretamente ligados aos temas segurança e defesa, União Europeia e cenários de fronteiras e vamos gerar contribuições que elevam o debate para as políticas públicas e cooperações nestas áreas”.