A lógica do contrabando é econômica. O Brasil tem hoje uma taxação de 80% sobre o preço do tabaco, enquanto o Paraguai, apenas 16%. A diferença tributária acaba sendo um dos fatores mais favorecedores ao contrabando. Combater esse crime, que cresce vertiginosamente nas regiões fronteiriças, passa por equalizar a tributação.
A afirmação é do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Luciano Stremel Barros, em entrevista ao jornalista Guilherme Wojciechowski, no programa Manhã RCI, da Rádio RCI Iguassu, nesta terça-feira (29).
“O imposto é o impacto maior na diferença do preço do produto”, afirmou Barros, considerando outras variáveis como energia e mão de obra na fabricação ilícita. Segundo o dirigente, as quadrilhas estão cada vez mais ‘profissionais’, especializadas em logística, em qualquer um dos gêneros de contrabando.
Barros falou também de outros aspectos do contrabando, como o relacionado ao setor das telecomunicações e a falta de efetivo das forças de segurança para vigiar os 16,8 mil quilômetros de fronteiras brasileiras. “De Mato Grosso do Sul ao Rio Grande do Sul, a fronteira tem capilaridade que facilita a entrada de contrabando”, avaliou.
O presidente do IDESF falou ainda sobre a nova turma de Pós-Graduação em Gestão, Estratégia e Planejamento em Fronteiras, uma formação que traz professores do Brasil e do exterior com know how em relações de fronteiras e que será oferecida a partir de maio, em Cascavel e Foz do Iguaçu.
Veja entrevista completa: https://www.facebook.com/semprerci/videos/vb.122616388356128/2297045020540577/?type=2&theater
Texto e foto: Rosane Amadori/Assessoria de Comunicação IDESF/comunicacao@idesf.org.br