O G1 de Mato Grosso do Sul veiculou nesta segunda-feira (17) matéria sobre a violência na região da fronteira do estado com o Paraguai. Só este ano, foram 30 execuções que ocorreram não só nas cidades gêmeas de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, mas se estenderam para a Capital, Campo Grande.
O estudo do IDESF ‘Diagnóstico do Desenvolvimento das Cidades Gêmeas do Brasil’, divulgado em outubro, já apontava níveis alarmantes de homicídios na fronteira de MS. Segundo dados oficiais de 2016 – os mais recentes disponíveis – os municípios de Coronel Sapucaia e Paranhos registram as duas maiores médias de homicídios das regiões fronteiriças brasileiras, com 109,7 e 67,4 assassinatos por 100 mil habitantes, respectivamente. São incidências muito mais altas do que a média nacional, que é de 27,8 homicídios para cada 100 mil pessoas.
Segundo o superintendente da PF de MS, Luciano Flores, que participou como palestrante do V Seminário Fronteiras do Brasil, realizado pelo IDESF em outubro, o efetivo policial na região de fronteira é insuficiente para combater a crescente violência. “A gente compara a fronteira de Ponta Porã com o morro carioca, muitas vezes dominado por uma facção criminosa e, quando há a execução do líder dessa facção ou quando há disputa entre outras facções pelo território, para poder fazer seus negócios, ocorre uma gama de execuções à luz do dia, causando temor em todas comunidades envolvidas”.
Confiamos que o Governo Federal, na figura do futuro presidente, Jair Bolsonaro, e futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, tenham um olhar mais atento para as necessidades das fronteiras brasileiras.
Acesse a matéria do G1 sobre MS: https://goo.gl/Un3CeN.
Acesse o estudo do IDESF sobre as cidades gêmeas: www.idesf.org.br
Assessoria de Comunicação IDESF / Rosane Amadori / comunicacao@idesf.org.br