Presidente do IDESF apresenta dados de contrabando e segurança nas áreas de fronteira para agentes da PRF

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Os itens de telecomunicações, entre eles rádio e fibra óptica, estão entre os vilões no contrabando do Paraguai para o Sudeste brasileiro. A afirmação é do presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Luciano Barros, durante palestra realizada para um grupo de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no auditório do Sest/Senat de Foz do Iguaçu, na terça-feira (14).

Barros apresentou ao grupo formado por aproximadamente 100 agentes da PRF, polícias civil e miliar, Receita Federal e Exército brasileiro informações coletadas pelo IDESF em pesquisas relacionadas ao contrabando e as questões de segurança das regiões fronteiriças brasileiras. Depois de divulgar o estudo ‘A Lógica Econômica do Contrabando’, com grande repercussão nacional, o IDESF divulga na semana que vem o relatório completo sobre o ‘Diagnóstico das Cidades Gêmeas do Brasil’. O Instituto também realiza uma ampla pesquisa sobre o mercado ilegal do setor de telecomunicações, com previsão de conclusão até outubro.

Entre as informações apresentadas ao grupo de policiais, as taxas de abandono escolar e de mortalidade infantil, as quais atingem índices preocupantes nas cidades gêmeas. Cidades gêmeas são aquelas que estão situadas em área geográfica próxima a cidades de países vizinhos, com as quais apresenta grande potencial de integração econômica e social.

O presidente do IDESF destacou que um novo estudo está em sendo finalizado e traz a atualização de dados de todas as cidades gêmeas brasileiras. Entre eles os índices de violência, que chegam a ser alarmantes em especial em Mato Grosso do Sul, que no município de Paranhos registra 109,7 assassinatos por 100 mil habitantes. “A partir de 60 (assassinatos por 100 mil habitantes) a ONU já considera estado de guerra civil”, comparou.

Na palestra, que também apresentou informações sobre contrabando de equipamentos de internet e de rede de telefonia, Barros fez correlação entre os dados desfavoráveis da educação, do desemprego e da violência. “A segurança pública arca com o ônus de outros setores da estrutura social que não deram certo”, afirmou. O estudo completo com a radiografia social das cidades gêmeas será divulgado na próxima semana.

Fonte: Assessoria IDESF

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