II Seminário Fronteiras do Brasil – IDESF e GS1 Brasil

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Foi realizado o II Seminário Fronteiras do Brasil, com apoio da GS1 Brasil no auditório da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, onde o foco foi a Segurança Pública e o Impacto do contrabando nas regiões de fronteiras. Pesquisa divulgada mostra a desigualdade econômica e social nas cidades gêmeas.

Estudo inédito apresentado pelo Idesf em parceria com o Egope denominado “Características das Sociedades de Fronteira” mostra um raio-x de 30 cidades gêmeas em quatro pilares: Educação, Saúde, Segurança, Economia & Trabalho e compara os indicadores destes municípios com as cidades de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e no âmbito nacional.

Um dos pontos que se destaca nesta pesquisa se refere à questão das oportunidades de emprego. Enquanto a média brasileira é de 33,5% da força de trabalho empregada no conjunto das cidades-gêmeas este percentual alcança apenas 21,1%. Especificamente em Foz do Iguaçu (que faz divisa com o Paraguai), em média, apenas 26,4% da PEA (População Economicamente Ativa) encontra-se formalmente empregada. Para alcançar a média brasileira, outras 13.851 pessoas também deveriam estar empregadas.

Lembrando que o estudo O Custo do Contrabando mostra que aproximadamente 15.000 pessoas estejam envolvidas diretamente com o contrabando apenas na região de Foz podemos concluir que, apenas nessa cidade, na soma deste contingente com o contingente formal e legalmente empregado, estaríamos exatamente dentro da média brasileira.

O economista e presidente do Idesf, Luciano Barros, explica que este Estudo mostra a fragilidade das áreas de fronteira que ainda carecem de muita atenção por parte dos governantes: “Os números ressaltam a vulnerabilidade que existe nestas regiões. O Brasil não pode dar as costas para esta realidade. É urgente a implementação de políticas públicas e projetos consistentes para mudar esta situação”.

Para o presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Contrabando e à Falsificação, deputado federal Efraim Filho, é fundamental que o tema do contrabando esteja na pauta de toda a sociedade: “São bilhões de reais perdidos anualmente, mas o crime do contrabando é ainda maior porque afeta os empregos e aumenta a insegurança não apenas nas cidades de fronteiras, mas de norte a sul do país”. O estudo “Características das Sociedades de Fronteira” foi apresentado nesta sexta-feira, em Foz do Iguaçu, no II Seminário Segurança nas Fronteiras, promovido pelo Idesf com o apoio da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação.

O Estudo

O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) juntamente com a Empresa Gaúcha de Opinião Pública e Estatística (Egope) iniciou em 2014 um processo de estudos e análises das características populacionais e de desenvolvimento dos povos das fronteiras, especialmente da população residente nas cidades gêmeas. O objetivo é de que estes estudos sejam utilizados como ferramentas que auxiliem na construção de políticas públicas específicas e adequadas às carências de cada região, respeitando suas particularidades e principalmente atendendo suas necessidades.

O estudo “Características das Sociedades de Fronteira”, trata de quatro pilares do desenvolvimento: Educação, Saúde, Segurança e Economia & Trabalho. Dentro de cada setor foram analisados os principais indicadores, em séries históricas, que tiveram seu início no ano de 2008, com o objetivo de mensurar o desenvolvimento real destas regiões.

Foram estudadas 30 cidades gêmeas brasileiras, que são elas: Guajará-mirim /MT, Brasiléia/AC, Assis Brasil/AC, Epitaciolândia/AC, Santa Rosa do Purus/AC, Tabatinga/AM, Bonfim/RR, Pacaraima/RR, Oiapoque/AP, Barracão/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaíra/PR, Dionísio Cerqueira/SC, Aceguá/RS, Barra do Quaraí/RS, Chuí/RS, Itaqui/RS, Jaguarão/RS, Porto Xavier/RS, Quaraí/RS, Santana do Livramento/RS, São Borja/RS, Uruguaiana/RS, Bela vista/MS, Coronel Sapucaia/MS, Corumbá/MS, Mundo Novo/MS, Paranhos/MS, Ponta Porã/MS e Porto Murtinho/MS.

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